Friday, November 24, 2006

Tempestade fosca...


Mergulho em mim mesma
Descortino e descanso no meu ser
no meu sossego, parece que descarto
o ócio do silêncio.

Procuro a surdez de ouvido
e a ofuscação de vista
para não ouvir nem ver o
que magoa, nos entristece
e nos reforça de mágoas enraivecidas
pelas mágoas acrescidas
da desilusão semblante.

Que desperdicio de palavras
quando não há nada a dizer...
Que desperdicio de encruzilhadas
quando não há nada a receber...

Enrodilha-se uma tempestade temporal
um vazio que se resguarda
no impermeavel da dor.
Que denoda a exuberância
e o engodo existencial.

Lá vem mais um temporal
a descoberto na tempestade de viver
comtempla o sopro do vento
e a vontade de viver...

Sem esperança e encutida num barco sem remos
que mostra a miséria
em que vivemos
e nos predispomos para o universo...

O universo ao sabor do tempo...

1 comment:

rakkicesdarakette - take II said...

A homenagem é mesmo á minha querida irmã Alexandra, que tem como missão de vida cuidar de dois rebentos muito especiais e tem a missão de superar com destreza a enormidade de alma que a faz ter coragem para viver.Continua e não desistas...
Desistir é morrer...