Wednesday, December 20, 2006

Relógio da vida ...


Nem sempre estamos bem. Com o mundo.
Connosco próprios.
Olhamos para o relógio de manhã e já são horas de acordar, de levantar, banhos, pequeno almoço alvoraçado e a correr...
Relógio da vida balbuciante e corropio desenfreado.
Pensamos por momentos ficar na caminha. Sossegados. Descansados de tudo e de qualquer coisa.
Tapamos o lençol sobre a face como se fosse a cortina a fechar-se no armazém da vida.
Não queremos ver. Nem ver o que está á nossa volta. Nem o que está no nosso interior.
Apenas hibernar em nós mesmos sem pensar.
Quero estar aqui apenas...para a toda a eternidade.
Sem mais nada. Sem olhar para nada. Sem pensar em nada. Mas apenas não levantar. Não seguir rotinas. Não fazer nada do que "obrigatóriamente" temos de fazer e ver cumprir.
Sociedade corriqueira e desgastante, que nos tira o sossego e a força de viver.
Cria-se uma nostalgia de quando eramos pequenos...
Infância recolhida em nós...
Dispersa no tempo e enquadrada na memória do que é viver.
Não preciso de nada.
Não questino nada.
Não sinto nada.
Não quero sentir nada.
Quero hibernar apenas em mim e dormir profundamente numa cura de sono.
Sem regras, sem nada.
Apenas viajar no meu insconciente e perder-me no horizonte imaginário.
Pronto saí de mim...
e Levantei-me para a vida.
Hoje, tal como os dias em que são iguais a si próprios.

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